quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Gauchismo old school

Houve um tempo em que eu acordava domingo de manhã para assistir ao Galpão Crioulo. O véio Homero sempre olhava. De tanto ver o pai, o Jr. acabou assimilando essa coisa meio gaudério de ser. Não só por isso, claro. A família Pivotto sempre prezou pelos costumes dos pampas. Quando tinha festa de casamento, aniversário ou formatura de algum parente, era certeza de churrasco, cerveja e música gaudéria até dizer chega. E no fim do ano, então? Festerê com direito a churrasco de chão na beira do rio, mais cerveja e mais fandango pra animar o putedo (leia-se "a galera").
Bueno, voltemos ao Galpão Crioulo. Eu curtia acordar cedote e ir pra cozinha ver o Nico Fagundes numa televisão Preto & Branco que a gente tinha. Apesar de ter tomado o rumo rockeiro da vida, nunca me saiu da memória a lembrança de gente como o Gaúcho da Fronteira, o Leonardo, a Berenice Azanbuja, o Borghetinho, e os representantes da família Fagundes. Fora esses aí, muitos outros que não conseguia lembrar os nomes.
Um desses era o Leopoldo Rassier. Praticamente tudo que esse bagual interpretava virava hino. Um exemplo clássico é a canção Veterano. Durante anos e anos esse bendito refrão ecoou na minha consciência. Pra ver como o mundo é pequeno, descobri há pouco que a letra é do Antônio Augusto Ferreira, sogro do amigo Paulo Henrique. Antônio Augusto morreu no começo deste ano e deixou um legado de incontestável importância para a música nativista. Entretanto, foi-se o criador, mas fica a obra. Quando achei esse vídeo voltei no tempo uns 20 anos mais ou menos. É bem provável que não seja exatamente essa apresentação abaixo que habita meu inconsciente desde guri. Afinal, ela é de 1982, quando eu tinha só 3 anos. Mas tenho certeza que Veterano foi interpretada diversas outras vezes no Galpão Crioulo. Não só pelo Leopoldo, mas também por outros artitas do Rio grande do Sul. E é fato que em alguma dessas aparições dominicais no programa do Nico minha memória ficou marcada.

sábado, 16 de agosto de 2008

Idiota

Momento punk do final de semana:
Em período eleitoral, acho q esse clipe retrata um pouco da situação do nosso país. Apesar de ter sido feita há um tempo já, segue bem atual. Prestem atençãono refrão: simples, direto, cru, grudento e sincero!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

A prova do crime

Esqueci de falar no post anterior que faltou Institutionalized. Mesmo assim, foi sensacional. Confere aí e entendam o que eu digo:

SUICIDAL STYLE!!!



Clark (à equerda) e Steve se preparando


Domingo, dia 03 de agosto de 2008. Dia de ver o Suicidal Tendencies no Opinião, em Porto Alegre. A expectativa é grande. Afinal, quando eles vieram para o Rio Grande do Sul pela última vez, em 1997 acho, fiquei sabendo no dia do show por uma matéria na Zero Hora. Mas, infelizmente, não tinha tempo nem grana para ir. Essa era minha chance.
Já na entrada, acompanhado da patroa (dona Graciele Ribeiro Vargas), aproveito para garantir uma bandaninha original do Suicidal. Dentro do Opinião, o público que vai chegando parece afoito.
Assim como a ansiedade, o medo de que os caras façam uma apresentação bem mais ou menos também é grande. Tio Mike Muir, o líder e vocalista do grupo, do alto de seus 44 anos e com sérios problemas de hérnia, tem tudo para fazer um espetáculo morno e sem empolgação. Porém, pra sorte das cerca de 800 pessoas que aguardavam inquietas, o ST provou que ainda pode ser considerado uma lenda do skate punk, gênero que, inclusive, ajudou a criar e difundir.

Lights, Camera, Revolution! Muir em ação


Duas bandas da Capital abriram a noite. A Grosseria e a Disrupted Inc. A primeira fazendo um hardcore com levada old school. Já a segunda apostando num som mais moderno, que funde metal e hardcore. Algo na linha das bandas Suecas como In Flames (antigo) e Soilwork.
Logo após o fim da apresentação da Disrupted Inc., começa a circular um boato de que o ST talvez não toque porque alguma exigência não teria sido cumprida. Já havia passado quase um 1h depois que a Disrupted se retirou do palco e nada de alguém preparar o equipamento para os californianos. A espera parecia não ter fim, aumentando a tensão. Eis que cerca de 1h30min de angústia termina com a entrada dos roadies gringos em cena.

Instantes depois, também dão as caras o guitarrista Mike Clark, com a tradicional bandana na cabeça e trajando uma camisa muita massa de sua própria banda, e o baixista Steve Brunner. Simpáticos com a receptividade da galera, eles afinam seus instrumentos. Em seguida, quem aparece é o também guitarrista Dean Pleasants e o batera Ron Brunner Jr, que também ajeitam suas ferramentas de trabalho.
Mais alguns minutos e tem início a introdução da clássica You Can´t Bring Me Down. Eis que o mito Mike Muir, com um penteado estilo moicano preso pela inseparável bandana, surge. As guitarras soavam quando ele proferiu as palavrinhas mágicas: What the fuck is going on around here?! Estava dada a largada para uma verdadeira aula de vitalidade, empolgação e carisma.
As três primeiras músicas já valeram todo o show: You Can´t Bring Me Down, We Are A Family e War Inside My Head. Comoção geral e pogo desenfreado no Opinião!

Clark e Muir total Suicidal Style!

Mas não foi só isso. Hinos como Possessed To Skate, Cyco Vision, Ain´t Gonna Take It, I Saw Your Mommy, Pledge Your Allegiance, Two Sided-Politics e Send Me Your Money não foram esquecidos. E foi dessa maneira, com um show competente e com uma banda em surpreendente sintonia, que o ST transformou aquela noite fria de domingo em um momento para ficar marcado na lembrança. ST! ST! ST! ST! ST!

O batera Ron e o Dindo tietando

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Rumo a Porto Algre

Em breve, esterei indo viajar. Espero que o final de semana seja bom e sirva para dar uma desopilada. Programas interessantes e parcerias não devem faltar. E domingo é aquilo: Suicidal Style!

ST! ST! ST!