quinta-feira, 23 de junho de 2011

Parece bruxaria, mas é o Sublime with Rome - entrevista com o novo vocalista

Pois então... Pra quebrar um pouco a monotonia e sair da inércia do feriado enfadonho, segue abaixo uma entrevista feita com Rome, jovem sortudo e talentoso que assumiu a guitarra e o vocal do Sublime. O bate-papo foi feito para a Revista do Opiniao, mas acabou não sendo publicado. Então, para não desperdiçar o trabalho, achei válido disponibilzar o texto por aqui mesmo. Voilá!


Parece bruxaria, mas é o Sublime with Rome

Homero Pivotto Jr.

Durante a década de 90, várias fusões sonoras foram concebidas e outras já existentes ganharam visibilidade. Foi um período fértil para experimentações, no qual público e mídia especializada ansiavam por novidades musicais que unissem estilos diferentes. Uma dessas combinações foi a da simplicidade do punk rock com as boas vibrações do ska e do reggae, acrescidas das batidas fortes e das rimas do rap. Entre os principais expoentes do gênero estava o Sublime, criado em 1988 pelos amigos Bradley Noel (voz e guitarra), Bud Gaugh (bateria) e Eric Wilson (baixo) em Long Beach, na Califórnia,. Foram eles os responsáveis por clássicos que marcaram uma geração, como ‘Santeria’, ‘What I Got’, ‘Wrong Way’, ‘Badfish’, entre outros. Em 1996, Brad morreu de overdose e a banda resolveu dar um tempo nas atividades. Ironicamente, o autointitulado Sublime (1996), que saiu depois da morte do vocalista, foi o grande sucesso comercial dos californianos.
O jejum durou até 2009, quando os veteranos remanescentes Eric e Bud decidiram juntar-se ao jovem vocalista e guitarrista Rome Ramirez - nascido no mesmo ano em que o Sublime foi criado. O garotão, de apenas 22 anos, pode não praticar bruxaria, mas tem a voz tão parecida com a de seu antecessor que até parece manter algum contato com o além. O retorno, com essa versão repaginada, ajudou a banda a reavivar a curiosidade dos velhos fãs e a conquistar novos seguidores.
Por conta de problemas legais com o nome, segundo reza a lenda, o grupo adotou a alcunha de Sublime with Rome. Era essa nova encarnação da banda que deveria fazer a tão aguardada turnê latino-americana. Porém, de última hora, o conjunto californiano ficou desfalcado da presença de Bud – que não teria vindo por conta de problemas pessoais. Para substituir o músico, a banda recrutou o camarada Matt Ochoa, do Dirty Heads, que mostrou que saca do riscado quando está com as baquetas em punho. Foi esse Sublime (with Rome, no caso) que, mesmo com apenas um dos integrantes originais, fez cerca de seis mil pessoas cantarem e pularem no Pepsi on Stage, dia 18 de maio. Em uma apresentação eficiente, apesar de um pouco burocrática às vezes, o trio desfilou clássicos do passado e novas canções, que estarão no próximo trabalho, Yours Truly, previsto para sair em julho.
Mesmo à sombra do fantasma do carismático Brad, Rome demonstrou que tem culhões para estar à frente do grupo. Vestindo uma camiseta dos brasilienses do Raimundos, o rapazote pareceu faceiro no palco e contente com a reação do público. Antes de desembarcar na Capital, Rome Ramirez respondeu, por e-mail, a entrevista enviada pela Revista do Opinião. Apesar de ser o componente mais jovem, ele se arriscou, de maneira sucinta e objetiva, a responder questões sobre o passado e presente da banda. Confira aí o que o cara tem a dizer!

Como foi voltar a tocar quase 15 anos depois que vocês deram um tempo nas atividades da banda, em 1996?
Rome Ramirez
– Foi ótimo! Estamos todos muito excitados!

A decisão de não continuar com a banda quando Bradley Nowell morreu foi dos outros dois membros, Bud e Eric?
Rome Ramirez –
Eu acho que a banda perdeu seu caminho quando Bradley morreu.

Como a morte de um amigo afetou suas vidas?
Rome Ramirez –
Isso afeta a vida de qualquer um que tenha amor no coração.

Como a banda conseguiu superar essa perda? A música ajudou de alguma maneira?
Rome Ramirez -
A música sempre ajuda a parte mental. Mas, em um caso como esse, é realmente muito duro.

Quando o Sublime começou, o público entendeu o direcionamento musical da banda, que incorporava ao rock elementos do reggae, dub, ska e até hip-hop?
Rome Ramirez –
Não posso responder essa pergunta, pois não estou na banda desde o começo.

Alcançar o sucesso em menos de 10 anos desde que a banda iniciou era algo esperado?
Rome Ramirez –
Também não posso responder porque não vive esse momento da banda.

Agora, vamos falar dessa nova fase do Sublime. Como você conheceu Bud e Eric?
Rome Ramirez –
Eu costumava trabalhar em estúdios nos quais eles ensaiavam.

Qual o motivo de retomar a banda após tanto tempo?
Rome Ramirez –
Eu diria que foi por amor a nossa música e também aos nossos fãs.

Você é bem mais Jovem que Bud and Eric. Quais as vantagens e desvantagens de ter gerações diferentes trabalhando juntas?
Rome Ramirez –
Eu acho que com a gente só há aspectos positivos. Nós temos idades diferentes, mas estamos conectados pela música.

É verdade que o Sublime teve problemas legais com o nome? Foi por esse motivo que agora o grupo se chama Sublime with Rome?
Rome Ramirez –
Não posso dizer muito sobre esse assunto. O que eu posso falar é que agora o nome da banda é Sublime with Rome!

Estamos sabendo que o Sublime with Rome está trabalhando em um novo disco. As novas composições continuarão misturando punk rock com reggae e hip-hop, como no passado?
Rome Ramirez –
Sim, é verdade! É o mesmo estilo com uma nova reviravolta. A mesma receita, porém atualizada para os dias de hoje.

O novo trabalho sairá por uma grande gravadora ou a banda está trabalhando de forma independente? Vocês estão usando a Internet e outras ferramentas menos tradicionais para promover esse álbum?
Rome Ramirez -
O novo álbum será lançado em julho. Não posso falar sobre a gravadora no momento.





sábado, 11 de junho de 2011

Em turnê pelo RS, banda Cólera fala sobre sua história e novidades para o futuro

Um dos significados da palavra Cólera, entre tantas definições, é o de ‘irritação forte que incita contra aquele que nos ofende ou indigna’. Literalmente assim mesmo, ta lá no dicionário. Pra quem gosta de música, sabe também que Cólera é o nome de uma banda seminal do punk rock brasileiro. Apropriadamente batizada, diga-se. Isso porque o trio paulista Redson (voz e guitarra), Pierre (bateria) e Val (baixo), com 31 anos de existência, ainda despeja todo seu descontentamento contra um adversário comum, não só para eles, mas para todos nós: as injustiças do mundo e a postura condescendente de uma sociedade tão doente que não respeita nem a natureza.
Na última sexta-feira - na madrugada de sábado, melhor dizendo - os caras tocaram mais uma vez em Porto Alegre, no Garagem Hermética, e mostraram que ainda estão firmes e fortes em seu propósito de fazer um som simples, mas consciente e de alerta. Nem mesmo as três décadas de história foram capazes de diminiur a disposição do conjunto em cima do palco. Durante cerca de 90 minutos, o Cólera mostrou um vitalidade de invejar, algo quase juvenil, só que protagonizado por tiozões que ainda acreditam no que estão fazendo. Foram cerca de 90 minutos de uma espécie de aula sobre o punk nacional. Porém, a lição foi repassada ao público – que agitou e ‘pogou’ durante todo o tempo – de maneira menos convencional que a de costume, mas não menos didática. A ferramenta usada para essa prelação hardcore foi um repertório que passeou por clássicos de sua trajetória, como Pela Paz, Medo, Dia e Noite, Noite e Dia, X.O.T, Subúrbio Geral, 1.9.9.2, Palpebrite e ainda por canções mais recentes, como Águia Filhote e a faixa-título do até então último álbum de estúdio, Deixa a Terra em Paz.
Mas, nem tudo foram rosas. Um dos pontos negativos foi o atraso. O show estava previsto para começar às 23h30min, mas iniciou pouco depois das 2h. Outro foi que, infelizmente, a galera demonstrou ainda ter muito o que aprender, já que a apresentação teve de ser interrompida por cerca de 15min em função de uma briga (sim, rolou a famigerada treta) entre punks e supostos skinheads.
Mesmo cansados e chateados com o comportamento da público, o trio seguiu seu cronograma até o fim, mostrondo que a simplicidade e a urgência do punk não são coisas só de gurizada. Depois do show, lá pelas 6h, Redson e Val toparam fazer um bate-papo descontraído. Entre os assuntos da pequena entrevista estão a longevidade do Cólera - que começou sua carreira em 1979 -, a satisfação de ainda estar na ativa e o novo disco, chamado Acorde! Acorde! Acorde, que deve sair ainda este ano. Para os que perderam, ainda há esperança. O giro do trio pelo Rio Grande do Sul continua neste sábado, em Ivoti, e domingo, dia 12 de junho, em Canoas. Confere aí o que os caras tem a dizer! Ah, a edição foi feita com a ajuda do brother Paulo Caramês.


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mais de 30 anos de barulho - entrevista com João Gordo e Jão

Para começar com estilo a tentativa de reativar este alfarrábio virtual, deixo os prezados internautas com um bate-papo que fiz com João Gordo (voz) e Jão (guitarra), do Ratos de Porão. O conversê rolou antes do show que o RDP fez em Canoas, dia 17 de dezembro do ano passado, enquanto os outros dois integrantes - Boka (bateria) e Juninho (baixo) - vendiam material independente e trocavam uma ideia com a galera.
Quem também faz uma ‘participação especial’ na prosa foi Índio (Condutores de Cadáver e Hino Mortal), outra peça importante do punk no Brasil. O cara é o autor da música Câncer, faixa que abre o álbum “Feijoada Acidente?” – Brasil, disco em que o RDP gravou somente sons de bandas que os influenciaram. Entre os assuntos debatidos, está a longevidade e a relevância do grupo durante suas mais de três décadas de existência. Lembrando que quem fez toda a correria para trazer o Ratos para estes pagos foi o coletivo Bandas Independentes Locais, o B.I.L, que também é o responsável pela apresentação do Cólera – outro pilar do hardcore verde e amarelo –, que rola no próximo domingo, também em Canoas.
Assiste aí!

I´ll be back

Será?

sábado, 8 de novembro de 2008

Carajo...


Sem palavras para descrever o que foi o Carcass ao vivo! Achei que Jeff Walker e sua trupe nao reproduziriam ao vivo a belissima desgraceira que fazem nos discos. Mas, me enganei! Os caras sao foda, maluco!!!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Ole, ole, ole,ole...Paradise Lost!!!

Rapaiz...
Como esse mundo è estranho,nao? (e esse teclado aqui na Argentina também!!!)
Fomos ver o Paradise Lost esta noite, em um teatro. Muito massa!
Porém, como disse, é um teatro. Sendo assim, boa parte das pessoas ficaram sentadas!
Outra: nao podia fumar dentro do local.
Mas foi foda!
E hoje tem Carcass!!!
Explicacoes, fotos e resenhas logo, logo!!!
Hasta chicos

terça-feira, 4 de novembro de 2008

I want to break free





FÉÉÉÉÉÉÉRIIIIIIAAAAAAAAAAAS!!!!!!!!

Por hora, ficaremos fora do ar por algum tempo. Em breve retornaremos com nossa programação normal.

Vamos pra Buenos Aires passear e curtir uns róquis. No roteiro, shows do Paradise Lost, Carcass e The Donnas. E, claro, muitos passeios e cervejas de litro.

Hasta!