Houve um tempo em que eu acordava domingo de manhã para assistir ao Galpão Crioulo. O véio Homero sempre olhava. De tanto ver o pai, o Jr. acabou assimilando essa coisa meio gaudério de ser. Não só por isso, claro. A família Pivotto sempre prezou pelos costumes dos pampas. Quando tinha festa de casamento, aniversário ou formatura de algum parente, era certeza de churrasco, cerveja e música gaudéria até dizer chega. E no fim do ano, então? Festerê com direito a churrasco de chão na beira do rio, mais cerveja e mais fandango pra animar o putedo (leia-se "a galera").
Bueno, voltemos ao Galpão Crioulo. Eu curtia acordar cedote e ir pra cozinha ver o Nico Fagundes numa televisão Preto & Branco que a gente tinha. Apesar de ter tomado o rumo rockeiro da vida, nunca me saiu da memória a lembrança de gente como o Gaúcho da Fronteira, o Leonardo, a Berenice Azanbuja, o Borghetinho, e os representantes da família Fagundes. Fora esses aí, muitos outros que não conseguia lembrar os nomes.
Um desses era o Leopoldo Rassier. Praticamente tudo que esse bagual interpretava virava hino. Um exemplo clássico é a canção Veterano. Durante anos e anos esse bendito refrão ecoou na minha consciência. Pra ver como o mundo é pequeno, descobri há pouco que a letra é do Antônio Augusto Ferreira, sogro do amigo Paulo Henrique. Antônio Augusto morreu no começo deste ano e deixou um legado de incontestável importância para a música nativista. Entretanto, foi-se o criador, mas fica a obra. Quando achei esse vídeo voltei no tempo uns 20 anos mais ou menos. É bem provável que não seja exatamente essa apresentação abaixo que habita meu inconsciente desde guri. Afinal, ela é de 1982, quando eu tinha só 3 anos. Mas tenho certeza que Veterano foi interpretada diversas outras vezes no Galpão Crioulo. Não só pelo Leopoldo, mas também por outros artitas do Rio grande do Sul. E é fato que em alguma dessas aparições dominicais no programa do Nico minha memória ficou marcada.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
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4 comentários:
Já te contei que fui 1ª prenda?
Pois é...
Beijim!
Sen-sa-cio-nal!
Dae tche,
Coincidência ou não, eu acabava de ver esse vídeo no youtube. Me emocionei por algum motivo sem explicação, e resolvi escrever um post sobre isso. Qual não foi minha surpresa, ao colocar pra procurar sobre o Antonio Augusto Ferreira, chegar no blog do Ronái e, depois, aqui no teu. E ver o video de novo!
Ainda vou terminar de escrever, porque o vídeo é uma pérola, especialmente para quem nasceu e se criou no RS, mesmo que não tenha "vivenciado" o gauchismo.
abraço,
Leonardo
sempre soube que tinha um bagual dentro de ti
=P
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